Luis Carlos Prestes
Luís Carlos Prestes (Porto Alegre, 3 de janeiro de 1898 - Rio de Janeiro, 7 de março de 1990) foi um militar e político brasileiro. Foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro e foi companheiro e grande amor de Olga Benário. Filho de Antônio Pereira Prestes e Leocádia Pereira Prestes, formou-se no secundário no Colégio Militar e em Engenharia Militar pela Escola Militar do Realengo no Rio de Janeiro, em 1919, atual Academia Militar das Agulhas Negras. Foi engenheiro ferroviário na Companhia Ferroviária de Deodoro, como tenente, até ser transferido para o Rio Grande do Sul. Em outubro de 1924, já capitão, Luis Carlos Prestes liderou um grupo de rebeldes na região missioneira no Rio Grande do Sul, saindo de Santo Ângelo e se dirigindo para São Luiz Gonzaga onde permaneceu por dois meses aguardando munições que não veio. Aos poucos foi formando o seu grupo de comandados que vieram de várias partes da região. Na região sudoeste do estado do Paraná, o grupo se encontrou e juntou-se aos paulistas, formando o contigente rebelde chamado de Coluna Miguel Costa-Prestes, com 1500 homens, que percorreu por dois anos e cinco meses 25.000km. Impossibilitado de prosseguir por causa do cansaço e morte de vários homens, Prestes, apelidado de "Cavaleiro da Esperança", passa a estudar o Marxismo na Bolívia. Lá travava contato com os comunistas argentinos Rodolfo Ghioldi e Abraham Guralski, este último dirigente da Internacional Comunista (IC). Em 1930, retorna a Porto Alegre, clandestinamente onde chega a ter dois contatos com Getúlio Vargas. Convidado a comandar militarmente a Revolução de 30, recusa-se e muda-se para União Soviética a convite do país. por pressão do Partido Comunista da União Soviética, é aceito como filiado pelo PCB, em agosto de 1934. No Brasil, Prestes encontra o recém constituído movimento Aliança Nacional Libertadora (ANL), de cunho antifacista e antiimperialista, que congregava tenentes, socialistas e comunistas descontentes com o Governo Vargas. Tornou-se presidente de honra da ANL, mas em 1936, Prestes é preso, perde a patente de capitão e inicia uma pena de prisão que duraria nove anos. Sua companheira Olga Benário, grávida, é deportada e morre na câmara de gás no campo de concentração Nazista Ravensbruck. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu na prisão na Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes. Essa história foi contada no livro "Olga" de Fernando Morais (1985). Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado, elegendo-se senador. Foi Senador de 1946 a 1948. Assumiu a secretaria geral do PCB. Em 1951 conheceu sua segunda companheira, a pernambucana, Maria com quem teve sete filhos: João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Zoia, Mariana e Yuri. Em 1954, Prestes teve mais uma vez sua prisão decretada, porém foi revogada por mandado judicial. Exilou-se na União Soviética no final dos anos 1960, regressando ao Brasil devido à anistia de 1979. Em 1997, foi lançado o documentário "Prestes, o Cavaleiro da esperança", em 1998, no centenário de seu nascimento, a escola de samba Acadêmicos do Grande Rio o homenageou em seu desfile com o enredo "Cavaleiro da Esperança". O escritor, Jorge Amado em prosa e verso retrata a saga da coluna Prestes em seu livro "O Cavaleiro da Esperança". Luis Carlos Prestes morreu em 7 de março de 1990, aos 92 anos de idade, com sua morte desapareceu uma personalidade que marcou por quase setenta anos a vida política brasileira.
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