sábado, 5 de julho de 2014

"Década de 2010" (Acidente - Ginasta - Laís Souza)








 Lais da Silva Souza (Ribeirão Preto, 13 de dezembro de 1988) é uma ex-ginasta brasileira que competia em provas de ginástica artística. Lais fez parte da equipe brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 na China. Lais começou na ginástica aos quatro anos de idade, na cidade de Ribeirão Preto, interior paulista, e desde 2001 integra a equipe brasileira de ginástica. Com boas conquistas nacionais e internacionais como júnior, Lais fez parte da seleção que disputou os Jogos Pan-americanos de Santo Domingo, nos quais conquistou o quarto lugar no salto e o terceiro por equipes. No mesmo ano, participando do Campeonato Mundial de Anaheim, que serviria de classificação para os Jogos Olímpicos de Atenas, atingiu o oitavo lugar por equipes.Em 2004, em sua primeira participação olímpica, nas Olimpíadas de Atenas, a ginasta conquistou a melhor posição brasileira na classificação por equipes, o nono lugar geral. No ano posterior, em etapa de Copa do Mundo, na cidade de São Paulo, terminou com a medalha de prata na prova de salto. No Campeonato Nacional Brasileiro do mesmo ano, terminou com o ouro no salto e na trave.Continuando com os bons resultados, a ginasta participou da Copa América, terminando em quarto no concurso geral. Em 2006, no Campeonato Mundial de Aarhus, conquistou o sétimo lugar por equipes, e o quarto no salto. Reunindo-se com a nova equipe brasileira, no ano seguinte, Lais participou dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Nele, foi segunda por equipes, atrás apenas da equipe norte-americana, medalhista de ouro, classificando-se para a final das barras assimétricas e salto, Lais terminou com a medalha de bronze em ambos os eventos. No mesmo ano, no Mundial de Stuttgart, a atleta conquistou a quinta colocação por equipes, assim classificando a seleção para os Jogos Olímpicos de 2008. Em sua segunda participação nos Jogos, as Olimpíadas de Pequim, Lais, ao lado de Jade Barbosa, Daiane dos Santos, Daniele Hypolito, Ana Silva e Ethiene Franco, conquistou a melhor colocação brasileira nos Jogos, a oitava geral.Desde 2013 Lais começou a treinar esqui aéreo e conseguiu vaga para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Laís Souza se acidentou no dia 28 de janeiro, quando se preparava para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, que são disputados na cidade de Sochi, na Rússia. A ex-ginasta atualmente competia no esqui aéreo, com a companhia de Josi Santos, também antiga amiga dos tempos de ginástica. O acidente ocorreu fora dos treinamentos específicos da modalidade. Laís Souza esquiava em Salt Lake City, onde finalizava a preparação para a Olimpíada, quando se chocou com uma árvore - portanto, não foi durante as acrobacias costumeiras do esqui aéreo. A brasileira foi socorrida instantaneamente pela amiga Josi Santos e pelo treinador Ryan Snow, que acompanhavam Laís na atividade. A ex-ginasta foi, então, levada a um hospital, onde tomou noção do seu caso: grave e bastante sério. Laís Souza sofreu uma lesão na terceira vétebra (C3) da coluna cervical. Além de se quebrar, a vértebra também teve um deslocamento e comprimiu as outras abaixo, principal problema de acordo com o Dr. Vinicius Benites, neurocirurgião especialista em lesões da coluna. O choque na coluna, acima do pescoço e quase na cabeça, causa três problemas imediatos: um é relativo à função motora, que impossibilita a movimentação do pescoço para baixo, outra é a função sensitiva (perda de sensibilidade da região abaixo do pescoço) e a última é a perda de funções autonômicas, da qual não temos controle, como a defecação e a urina - a lesão na C3 ainda afeta o diafragma e impede a respiração normal da vítima. Lais está totalmente focada em seu tratamento e vem seguindo uma rotina intensa e diária de fisioterapia motora, ocupacional e respiratória. Ela também recebe tratamento psicológico e está se adaptando à cadeira de rodas elétrica. - Estou comendo de tudo. Comi até picanha. Tenho momentos de tristeza também. Nem sempre sou forte. Eu choro para caramba. Acho que isso dá energia para voltar, para refletir - disse Lais.