Rachel de Queiroz (Fortaleza, 17 de novembro de 1910 - Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2003) foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista e importante dramaturga brasileira. Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do centenário da instituição. Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar. Em 1917, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou a Fortaleza dois anos depois. Em 1925, concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Entrou na imprensa no jornal "O Ceará", escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, "História de um Nome". Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar "O Quinze (1930)", romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Começou a se interessar por política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do "Bloco Operário Camponês" em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partico Comunista. Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Lançou em 1992 "Memorial de Maria Moura", adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo que foi apresentada em diversos países: Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançado em DVD em 2004. Transformou a sua "Fazenda Não Me Deixe", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Rachel de Queiroz morreu em 4 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro, vítima de problemas cardíacos, dias antes de completar 93 anos.
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