domingo, 8 de julho de 2012

"Década de 2010" (Música - Raça Negra)

Raça Negra
(Cheia de Manias)

O Raça Negra é um grupo de pagode formado na cidade de São Paulo em 1983. Com quase 30 anos de carreira, o Raça Negra é referência para a antiga e para a nova geração do samba. Para comemorar a data, o grupo gravou um DVD. O repertório segue uma viagem na História do grupo, “Raça Negra e Amigos’’, reúne Michel Teló, Belo, Alexandre Pires, Bruno, do Sorriso Maroto, Léo Magalhães e Amado Batista. “Cada convidado escolheu uma música do Raça que mais marcou a sua vida para cantarmos juntos”, conta o vocalista e líder do grupo, Luiz Carlos da Silva. Raça Negra, É um dos grupos pioneiros do desenvolvimento do pagode romântico, com um estilo de samba carregado de romantismo.O Raça Negra mudou a imagem ruim do samba e popularizou o samba em todo Brasil, foi verdadeiramente um divisor de águas. Foram eles que abriram o mercado que era fechado para o samba, transformando os anos 90 na época ‘’ouro do samba’’. Liderado pelo vocalista Luiz Carlos, seu início se deu na periferia da Zona Leste de São Paulo em 1983, com um trio. Com muita vontade, garra e perseverança formaram o grupo "A Cor do Samba", mas como o nome acabou gerando piada maldosas, por sugestão dos fãs que desde 1983 no bairro Vila Nhocuné, já acompanhavam o grupo em suas apresentações no Bar do Coalhada, deram a sugestão de banda Raça Negra, que assim passou a se chamar e emplacou nas paradas de sucessos.  O grupo gravou seu primeiro disco (já com sete integrantes) em 1991, oito anos depois de ser criada. Lançando um disco a cada ano, emplacaram inúmeros sucessos como “Cigana”, “Doce Paixão” e “Cheia de Manias” e deu início à era do pagode, o samba paulista, que invadiria as rádios populares no início dos anos 90. Lançou mais de dezoito discos. O sucesso se manteve por boa parte da década. Aos poucos foram juntando os integrantes. A Banda Raça Negra tocava músicas de outros cantores em ritmo de samba. Os integrantes gravaram uma fita e foram em busca de gravadoras. Depois de algum tempo foram apresentados a RGE que se interessou pelo trabalho, gravando vários discos. No primeiro, lançado em 1991, fez sucesso a música Caroline, de Luiz Carlos, o que fez o grupo receber convites para se apresentar em programas de televisão do RJ e SP. A partir daí as propostas de shows aumentaram e o grupo passou a se apresentar em várias capitais do país. O segundo LP foi em 1992, fez sucesso com as músicas ‘’É o amor’’ da dupla Zezé de Camargo e Luciano, ’’Pensando em você" e ‘’ Cigana’’. No terceiro LP, do mesmo ano, vieram ‘’Será" de Renato Russo e "Cheia de Manias". O LP em 1993 foi marcado pelas músicas ‘’Estou mal", ‘’Doce paixão’’ e ‘’Tempo Perdido". Em 1994, foi lançado o quinto LP, que chegou às lojas com 500 mil cópias vendidas. A música de trabalho foi uma regravação do Rock Brasileiro, ‘’Pro dia nascer feliz’’ de Cazuza, que levou o banda mais uma vez ao Top dos sucessos e a participar de uma campanha nacional que alertava a população quanto os perigos da AIDS. O Raça Negra é um dos maiores fenômenos de vendagem da história da música brasileira, já tendo atingido a marca de mais de 30 milhões de cópias vendidas em 29 anos de carreira. A música "É tarde demais" está no Guinness (livro dos recordes) como a música mais tocada em 1 único dia no mundo (600 execuções). O Raça Negra abriu as portas para o sucesso de muitos grupos que vieram depois deles e beneficiou muito a carreira desses grupos e cantores já existentes. Somente o disco de 1995 vendeu mais de 3 milhões de cópias somente em seu lançamento, pela música "É Tarde Demais". Reuniu 1 milhão e 500 mil pessoas em um único show para o dia dos trabalhadores em São Paulo (recorde de público no Brasil). Nos Estados Unidos, reuniu 700 mil pessoas em uma praça publica (recorde de público internacional). Em Angola, na cidade de Luanda no Estadio da Cidadela (destruída pela guerra civil), reuniu mais de 80 mil pessoas, em um show que durou mais de 4 horas. Com 38 discos gravados, o cantor lembra que, no início da carreira do Raça Negra, o samba era marginalizado e não tinha o espaço que tem hoje, principalmente para shows. “Antigamente, samba era coisa de malandro. Nosso jeito de fazer música, com letras românticas, pegou e dura até hoje.”

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