domingo, 9 de outubro de 2016

"Década de 2010" ( Política - Estados Unidos e Cuba fazem as pazes)






 

 

 

 

 

 

 O embargo dos Estados Unidos a Cuba (descrito em Cuba como el bloqueo, termo em castelhano que, conforme as traduções oficiais em português, significa "embargo") é um embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos que se iniciou em Outubro de 1960, como resposta do governo americano às expropriações das propriedades de cidadãos e companhias americanas na ilha, levadas a cabo pelo ainda incipiente governo revolucionário cubano. Já no ano de 1992, o embargo adquiriu caráter de lei e, em 1996, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a chamada Lei Helms-Burton, a qual proibiu os cidadãos americanos de realizar negócios dentro da ilha ou com o governo cubano — embora desde muito antes a justificativa para o embargo tenha sido a ausência de liberdades civis e as violações dos direitos humanos realizadas pelo regime cubano.Este embargo é formalmente condenado pelas Nações Unidas. A Assembleia Geral das Nações Unidas votou, pelo 25º ano consecutivo condena o embargo de Cuba pelos Estados Unidos.O embargo é criticado até mesmo por tradicionais críticos do regime socialista de Cuba, como críticos conservadores, que argumentam que o embargo na verdade mais ajudou Fidel Castro do que o atrapalhou, ao proporcionar-lhe um bode expiatório para se isentar de todos os crônicos problemas da ilha. Empresários e negociantes argumentam, por sua vez, que a proibição de comércio com os Estados Unidos ajuda a outros países, que poderão ter vantagens do pioneirismo assim que o embargo for suspenso. Outro motivo citado pelos críticos ao embargo é que o isolamento de Cuba prejudica as relações dos Estados Unidos com os países latino-americanos, e a proximidade entre os governos de esquerda do continente e Fidel Castro cria um bloco Antiestadunidense.  O Papa João Paulo II também condenou publicamente o bloqueio durante suas visitas pastorais à ilha em 1979 e 1998. Em 2014, o Papa Francisco insistiu no fim do embargo e sua insistência foi reconhecida por Raul Castro e Barack Obama. No dia 17 de dezembro de 2014, os dois líderes reconheceram a necessidade de medidas para o fim do impasse. No dia 17 de Dezembro de 2014 o presidente americano Barack Obama declarou as primeiras medidas para o fim do embargo americano a Ilha Cubana. Assim tornou-se possível a partir daquela data a construção de uma embaixada americana em Cuba, a transição legal de charutos mundialmente conhecidos da Ilha para os Estados Unidos, o fim de processos extremamente burocráticos para ida (turística, religiosa ou de fins jornalísticos) a Cuba e a autorização de vendas e exportações de certos bens dos EUA a Cuba. Por parte de Cuba foi cedido a soltura de três americanos presos políticos presos na ilha por suspeitas de espionagem. São eles: Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino. O fim do embargo não foi total, pois mesmo com os atos sendo tomados pelos líderes de estado o fim do embargo americano precisa da aprovação do legislativo americano. Mesmo assim o ato foi mundialmente conhecido. Em abril de 2015, durante a 7ª Cúpula das Américas, realizada no Panamá, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu o fim do embargo, reconhecendo o ato dos líderes Raúl Castro e Barack Obama como um grande passo. Já o então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, comemorou a notícia, e disse que as Nações Unidas estão prontas para ajudar os dois países a cultivar boas relações de vizinhança. Na sequência de 18 meses de negociações secretas mediadas pelo Papa Francisco e Canadá, os dois líderes anunciaram em dezembro – em separado, mas simultaneamente – que planejavam reabrir embaixadas nas capitais um do outro e normalizar as relações. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, foi esperado em uma cerimônia de hasteamento da bandeira em Havana no final deste mês, quando a Seção de Interesses passando à condição de embaixada. A missão de Cuba em Washington passou por uma atualização semelhante. A relação mais conflituosa das Américas, enfim, ganhou uma trégua. No dia 20 de julho, as embaixadas de Havana e Washington foram reabertas. Foi suspenso o embargo dos EUA a Cuba, que firmou o compromisso de se abrir para as organizações internacionais. O passo político mais importante dado entre os dois países nos últimos 50 anos.

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