Chamado de Rio+20, o encontro marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu na capital carioca em 1992, e os dez anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul) em 2002. O principal objetivo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável é garantir o compromisso político internacional para o desenvolvimento sustentável. Baseada em três pilares – econômico, social e ambiental –, a Rio+20 trata basicamente de dois temas: a ‘economia verde’ no contexto da erradicação da pobreza e a estrutura de governança para o desenvolvimento sustentável no âmbito das Nações Unidas. É uma conferência do mais alto nível possível, com a participação de chefes de Estado, de Governo e de representantes de mais de 150 países. O resultado deve ser um documento com foco político. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável foi organizada em conformidade com a Resolução 64/236 da Assembleia Geral da ONU, de março de 2010. E, além de renovar o compromisso mundial em torno da sustentabilidade, o evento será uma oportunidade de avaliar o progresso alcançado nos últimos 20 anos, as lacunas ainda existentes na implementação dos acordos internacionais e os desafios novos e emergentes. A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, acontecerá a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16 e 19 de junho, serão programados os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas. A escolha do Rio de Janeiro para sediar a Conferência não é casual: a Cidade Maravilhosa é conhecida por sua natureza exuberante, de contrastes entre montanhas e mar, florestas e praias e paredões rochosos subindo abruptamente de baixadas extensas. Além disso, a capital do estado do Rio de Janeiro tem tradição no cuidado com o meio ambiente. Ainda no século XIX, a então capital do Brasil realizou um reflorestamento com espécies nativas na Floresta da Tijuca, em torno da qual a metrópole se desenvolveu. Hoje esta é a maior floresta urbana do mundo, preservada no coração de uma cidade de 510 anos de história.
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