domingo, 9 de outubro de 2016
"Década de 2010" (Saúde - Epidemia - Aedes Aegypti)
Uma epidemia desconhecida
que já deixou quase 2,5 mil bebês com deformação cerebral se espalhou
pelo país. O zika vírus, que usa como vetor o Aedes Aegypti, não havia
causado microcefalia em nenhum outro lugar do mundo. Além de não saber
lidar com a doença, outro grave problema assola o Brasil. Até hoje, não
conseguimos controlar o mosquito. Só este ano, mais de 700 pessoas
morreram de dengue no Brasil - e mais de 1,5 milhão de casos foram
notificados. Um grave problema de saúde pública.
Aedes (Stegomyia) aegypti (aēdēs do grego αηδής: "odioso" e ægypti do latim, significando "do Egipto") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado,uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente da África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa e parada, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.
Atualmente, foi descoberto que a fêmea não se reproduz somente em água limpa e parada, pelo contrário. O mosquito pode se reproduzir em águas com altos níveis de poluição, como o esgoto por exemplo. A fêmea observa vários fatores influenciáveis ao crescimento das larvas, como a temperatura, luminosidade e resquícios de matéria orgânica. As larvas do aedes são sensíveis à luz, o que faz com que se desenvolvam bem em águas turvas. As fêmeas, para realizar a hematofagia, podem percorrer até 2 500 metros. É considerado vector de doenças graves, como dengue, febre amarela, febre zica e chikungunya. O controle das suas populações é considerado assunto da saúde pública. A Chicungunha, chikungunya ou catolotolo (português angolano) é uma infecção causada por um arbovírus, do gênero Alphavirus (Togaviridae), que é transmitido aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes.
Os primeiros casos confirmados no Brasil, em 2010, referem-se a dois
pacientes do sexo masculino (de 41 e 55 anos, em São Paulo) que
apresentaram os sintomas depois de uma viagem à Indonésia. A terceira
paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.Em junho de 2014 foram confirmados seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti.
Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, porém, no dia 15 de
outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas
na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Em 2015 ocorreu um surto na América do sul nos primeiros quatro meses deste ano com estimativa de 10 mil casos e 113 mortes. Estima-se que 2.500 desses casos foram no Brasil, a maioria dos casos na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. E até agora em 2016 se encontra casos extremos, mas, o alto número de mortes confirmadas por chikungunya no Nordeste está
desafiando médicos e pesquisadores a buscar explicações do porquê de
uma doença de taxa de mortalidade baixa apresentar saltos fora do padrão
normal.A chikungunya foi motivo confirmado de 45 mortes no 1° semestre na
região, contra 35 mortes por dengue e cinco pelo vírus da zika. O número
de mortes ainda deve crescer consideravelmente, já que há outras 400
mortes por arboviroses em investigação nesses Estados, todas sem causa
confirmada. O levantamento feito pelo UOL inclui
dados das secretarias estaduais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O governo de Sergipe
não indica a quantidade de mortes em seus boletins divulgados nem a
secretaria estadual de Saúde informou o número.
O Nordeste é a
região do Brasil que mais sofre com o vírus, segundo o Ministério da
Saúde. Até o fim de maio, 107 mil pessoas foram infectadas pela febre
chikungunya --a região tem 87% das infecções registradas em todo o país.
O número de pessoas infectadas no Brasil em 2016 já é quase nove vezes
maior que as registradas em todo o ano passado: 13 mil.
quarta-feira, 16 de março de 2016
"Década de 2010" (Personalidade - Shaolin)
Francisco Jozenilton Veloso, mais conhecido pelo nome artístico Shaolin (Coremas, 8 de maio de 1971 — Campina Grande, 14 de janeiro de 2016), foi um cartunista, chargista, caricaturista, humorista e ator de televisão brasileiro. Começou sua carreira, quando trabalhou no Teatro Municipal Severino Cabral, de Campina Grande. Foi cartunista político do jornal A Palavra, do Jornal da Paraíba e da Revista Nordeste, além de radialista na Rádio Campina Grande. Fez participação em grandes programas da televisão brasileira, como Domingão do Faustão, A Praça É Nossa, Show do Tom entre outros. Seu último trabalho foi no programa Tudo é Possível com Ana Hickmann, parodiando famosos, como Leonardo, Joelma da Banda Calypso, Zezé di Camargo entre outros. Casou-se em dezembro de 1994 com Laudiceia Veloso, com quem teve dois filhos. Na madrugada do dia 18 de janeiro de 2011, às 23:40 (UTC-3), Shaolin sofreu um grave acidente de automóvel na BR-230, em Campina Grande, na Paraíba. Seu automóvel — um Mitsubishi Pajero Full — colidiu lateralmente com um caminhão, e Shaolin foi levado para o hospital com traumatismo craniano e o braço esquerdo com fratura exposta e quase amputado.
Depois de uma cirurgia de 4 horas no Hospital Antonio Targino, a equipe
de cirurgiões conseguiu salvar seu braço, e ele foi colocado em coma induzido na UTI. Em maio de 2011, Shaolin saiu da UTI para um quarto no hospital, ainda em coma. Em 10 de junho,
em "estado mínimo de consciência e clinicamente estável", segundo o
hospital, Shaolin recebeu alta e voltou para casa em Campina Grande,
após 145 dias internado. Em setembro de 2012, a apresentadora Ana Hickmann, durante uma reportagem em que visitou Shaolin, deu-lhe um aparelho importado da Suécia
que permite a comunicação através de movimentos com os olhos. Shaolin
se mostrou plenamente consciente e conseguiu se comunicar pela primeira
vez desde o acidente, e expressou não estar feliz pela sua condição. No dia 13 de janeiro de 2016, Shaolin apresentou um quadro febril e deu
entrada na UTI de uma clínica particular de Campina Grande com infecção
respiratória, quadro muito comum para pacientes acamados. No hospital, o humorista sofreu uma parada cardíaca e seu falecimento foi confirmado pela esposa no dia seguinte.
"Década de 2010" (Tragédia - Rompimento da barragem em Mariana/MG)
O rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015. Trata-se de uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Samarco Mineração S.A., um empreendimento conjunto das maiores empresas de mineração do mundo, a brasileira Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton. Inicialmente, a mineradora Samarco informara que duas barragens
haviam se rompido - a de Fundão e a de Santarém. Porém, no dia 16 de
novembro, a Samarco retificou a informação, afirmando que apenas a
barragem de Fundão havia se rompido. O rompimento de Fundão provocou o
vazamento dos rejeitos que passaram por cima de Santarém, que,
entretanto, não se rompeu. As barragens foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região. O rompimento da barragem de Fundão foi considerado o maior desastre ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeito. A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais abastecem sua população com a água do rio. Ambientalistas consideraram que o efeito dos rejeitos no mar
continuará por pelo menos mais 100 anos, mas não houve uma avaliação de
todos os danos causados pelo desastre. Segundo a prefeitura do município
de Mariana, a reparação dos danos causados à infraestrutura local
deverá custar cerca de 100 milhões de reais. Controladas pela Samarco Mineração S.A. (um empreendimento conjunto entre a Vale S.A. e a BHP Billiton), as barragens de Fundão e Santarém fazem parte da Mina Germano, situada no distrito de Santa Rita Durão, município de Mariana, localizado na Microrregião de Ouro Preto da Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. Foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região. A barragem de Fundão passava por um processo de alteamento, quando ocorre a elevação do aterro de contenção, pois o reservatório já chegava a seu ponto limite, não suportando mais o despejo dos dejetos da mineração. Aproximadamente às 15h30min da tarde do dia 5, a contenção apresentou
um vazamento. Neste momento, uma equipe de funcionários terceirizados
foi enviada ao local e tentava amenizar o vazamento esvaziando parte do
reservatório. Por volta das 16h20min ocorreu o rompimento, que lançou um grande volume de lama sobre o vale do córrego Santarém.O subdistrito de Bento Rodrigues, que se localiza cerca de 2,5
quilômetros vale abaixo, foi quase em sua totalidade inundado pela
enxurrada de lama que se seguiu após o desastre na barragem. Outros
vilarejos e distritos situados no vale do rio Gualaxo também foram
atingidos pela enxurrada. Por conta de sua localização e dos acessos precários, contando apenas com estradas vicinais
não pavimentadas para fazer contato com os demais distritos e a sede do
município, Bento Rodrigues ficou completamente inacessível por via
terrestre, sendo possível o acesso apenas por helicóptero, o que
dificultou em muito o acesso dos bombeiros para o resgate. Havia uma escola na área onde ocorreu a inundação e os professores conseguiram remover os alunos antes da escola ser atingida.Um agravante da situação foi que o empreendimento e as comunidades vizinhas à barragem não possuíam um plano de contingência, nem rotas de fuga que permitissem aos moradores se deslocarem a tempo para regiões seguras. Por volta de 18h30 do dia 5 de novembro, os rejeitos de minério de ferro chegaram ao Rio Doce.A bacia do rio tem uma área de drenagem de cerca de 86.715 quilômetros quadrados, sendo 86% em Minas Gerais e o restante no Espírito Santo. No total, o rio abrange 230 municípios que utilizam o seu leito como subsistência. Segundo o prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), serão necessários 100 milhões de reais para reparar os danos causados à infraestrutura do município.
"Década de 2010" (Terrorismo - Atentado Terrorista em Paris na França)
Os ataques de novembro de 2015 em Paris foram uma série de atentados terroristas ocorridos na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na França. Os ataques consistiriam de fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombardeios perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis. O ataque mais mortal foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro. Pelo menos 137 pessoas morreram (incluindo os 7 terroristas que perpetraram os ataques), sendo 89 delas no teatro Bataclan. Mais de 350 pessoas ficaram feridas pelos ataques, incluindo 99 pessoas em estado grave.
Além das mortes de civis, oito terroristas foram mortos e as
autoridades continuavam a procurar quaisquer cúmplices que permaneceram
soltos. O presidente francês, François Hollande decretou estado de emergência nacional no país, o primeiro estado de emergência declarado desde 2005, e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas. O primeiro toque de recolher desde 1944, também foi posto em prática, ordenando que as pessoas saíssem das ruas de Paris. Em 14 de novembro, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS - sigla em inglês) assumiu a responsabilidade pelos ataques. De acordo com o Wall Street Journal, os ataques foram motivados pelo Estado Islâmico como uma "retaliação" para o papel da França na intervenção militar na Síria e no Iraque. Hollande também disse que os ataques foram organizados em território estrangeiro "pelo Estado Islâmico e com ajuda interna",
além de descrevê-los como "um ato de guerra". Pelo mundo, gestos de
solidariedade e apoio aos franceses se tornaram comuns, especialmente
pela mídia social.Os ataques foram os mais mortais que ocorreram na França desde a Segunda Guerra Mundial.Eles também foram os mais mortais na União Europeia desde os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, na Espanha. Os atentados aconteceram apenas um dia após outro ataque terrorista do Estado Islâmico em Beirute, no Líbano, que matou 43 pessoas, um dia após o assassinato de Jihadi John, um dos membros do Estado Islâmico, e catorze dias após a queda do voo Kogalymavia 9268,
que matou 217 passageiros e sete membros da tripulação e sobre o qual a
filial do Estado Islâmico no Sinai assumiu a responsabilidade. Antes do
ataque, a França estava em alerta máximo desde o Massacre do Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, que matou dezessete pessoas, incluindo civis e policiais.Em 15 de novembro, dois dias após os atentados, a força aérea francesa lançou vários ataques aéreos retaliatórios (a Opération Chammal) contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico na região da cidade síria de Raqqa.A 18 de novembro, Abdelhamid Abaaoud (um terrorista belga de origem marroquina)
foi morto pela polícia parisiense. Ele era acusado de ser o principal
mentor dos atentados. Várias outras prisões de suspeitos foram feitas e
três colaboradores ligados a organizações jihadistas na França foram mortos em uma série de ações policiais subsequentes para encontrar os responsáveis pelos ataques. No total, aconteceram sete ataques distintos, compreendendo três explosões e seis fuzilamentos. As explosões ocorreram perto do Stade de France, enquanto os tiroteios foram relatados nas imediações das ruas Alibert, Fontaine-au-Roi, Charonne, do teatro Bataclan no Boulevard Voltaire, da Avenue de la République e no Boulevard Beaumarchais.
domingo, 10 de janeiro de 2016
"Década de 2010" (Ciência - Água no Planeta Marte)
Cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana)
anunciaram nesta segunda-feira (28/09/2015) uma descoberta sem precedentes em
Marte: existem provas de água líquida e corrente no planeta. "A
viagem a Marte ficou ainda mais fascinante", declarou a Nasa em
conferência com o diretor de ciências planetárias da Nasa, Jim Green, o
chefe do Programa de Exploração de Marte, Michael Meyer, entre outros esquisadores da agência. "Agora é possível que exista vida em Marte." "Nossa missão em Marte tem sido a de 'seguir a água', em nossa busca
por vida no Universo. E agora temos evidências convincentes que validam o
que temos suspeitado por muito tempo", disse o astronauta John
Grunsfeld. É um avanço significativo, que confirma que a água, embora salgada, está fluindo hoje sobre a superfície de Marte (John Grunsfeld). O próximo passo é saber da onde a água vem, ressaltaram os especialistas. Imagens da sonda MRO, que está em órbita do planeta vermelho,
localizaram leitos de 100 metros de comprimento (aproximadamente um
campo de futebol) e menos de 5 metros de largura. A hipótese
inicial, publicada na revista "Nature Geoscience", é de a
água corre ali, nos dias de hoje, e forma as estrias. Os
pesquisadores apostam ainda que a água é salgada, porque já foram
encontrados nas marcas da cratera Hale sais hidratados, provavelmente
uma mistura de perclorato de magnésio, clorato de magnésio e perclorato
de sódio. Imagens de alta resolução mostraram ainda que as
estrias aparecem nas encostas da cratera durante as estações quentes e
alongam-se para, em seguida, desaparecerem durante as estações mais
frias. A variação de temperatura sugere que elas sejam feitas por água
líquida. A grande novidade é que o cientista Lujendra Ojha,
especialista no assunto, e seus colegas criaram um método para decifrar o
espectro dos pixels das imagens enviadas pela sonda e conseguiram
comprovar que, em todos os locais examinados, foi detectada a presença
de sais minerais hidratados que precipitam da água. Por outro lado, os
sinais de sais não aparecem nos espectros do terreno ao redor das
estrias. Eles concluíram, portanto, que existe uma ligação entre
as estrias e os sais depositados com o fluxo de água salgada em Marte.
"A detecção de sais hidratados sobre as encostas [e não nos arredores]
significa que a água desempenha um papel vital na formação dessas
estrias", disse Ojha. Segundo a Nasa, o próximo passo é mandar,
em parceria com a Rússia, uma sonda para investigar o interior de Marte,
o que está marcado já para 2016. Em 2018, deve ir uma sonda para
análise da matéria orgânica. Em 2020, vai uma missão para coletar
amostras do que está escondido sob a superfície e para descobrir se é
possível enviar astronautas para o planeta.Vizinho querido
Conhecido como o planeta vermelho, Marte sempre despertou grande
curiosidade e interesse nos terráqueos, em parte por ser um dos planetas
mais próximos da Terra com possibilidade de ter tido vida em algum
momento de sua história.
"Década de 2010" (Personalidades - Marília Pêra)
Marília Marzullo Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1943 – Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2015) foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Além de interpretar, Marília cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais. Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau. Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época. Outras peças como: O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1975), dirigido por Nelson Motta; na única apresentação A Pêra da Carmem no Canecão em 1986, em 1995 e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman. A primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965) e, em seguida, em A Moreninha. Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch. Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama Fala Baixo Senão eu Grito, com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o prêmio Molière e também o prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT) (atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou do ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações. Em 1964, Marília derrotou Elis Regina num teste para o musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, ambas ainda não eram conhecidas na época. Logo depois, em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre. Marília é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estreia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado. Em declaração feita ao Fantástico em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela Cobras & Lagartos, Marília relatou sobre a carreira e disse que não suporta contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília alega que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada. Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.Em 1992, apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989. Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella, onde interpreta duas irmãs gêmeas. Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época. Desde abril de 2010 integra o elenco da série A Vida Alheia, de Miguel Falabella, na Rede Globo, como Catarina. Em janeiro de 2013, ocorreu a estreia do seriado Pé na Cova, em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Ruço (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio. Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11 de junho de 2014.No carnaval de 2015, Marília foi homenageada pela Escola de Samba Mocidade Alegre, de São Paulo. Em agosto do mesmo ano, ela foi a grande homenageada do Festival de Cinema de Gramado, onde recebeu o prestigiado Troféu Oscarito. Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o músico Paulo Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos dezoito, foi mãe do também ator Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, seu parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina. Era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Marília era irmã da atriz Sandra Pêra, neta da atriz Antônia Marzullo e sobrinha do ator Abel Pêra. Faleceu em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 2015. Em seus últimos meses de vida, a atriz lutava contra um câncer de pulmão. Ela passara o ano em tratamento médico, segundo informações dos familiares, combatendo um desgaste nos ossos do quadril, o que a fez se afastar do trabalho. Corpo da atriz foi sepultado à tarde, em meio a grande emoção e aplausos, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.
"Década de 2010" (Personalidades - Betty Lago)
Elizabeth Lago Netto (Rio de Janeiro, 24 de junho de 1955 — Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2015), mais conhecida como Betty Lago, foi uma atriz, apresentadora de televisão, modelo e vlogger brasileira.
No início da década de 1970, Betty Lago foi descoberta pelo fotógrafo Evandro Teixeira,
que a ajudou a dar os primeiros passos na profissão de modelo. Seu 1,78
metro de altura e rosto de traços marcantes a levariam,[2] sete anos depois, a tentar a “sorte” no exterior, passando quinze anos pelas passarelas da França, Itália e Estados Unidos. Já consagrada como modelo internacional, decidiu tentar carreira na
televisão, onde apareceu pela primeira vez na pele da sofisticada
Natália, na minissérie Anos Rebeldes (1992), de Gilberto Braga.[1] Diferentemente de outras colegas de passarela, como Mila Moreira, Isis de Oliveira e Silvia Pfeifer, não precisou de uma fase de adaptação, resultado dos cursos de interpretação que fez entre 1988 e 1991, já nos últimos anos de sua carreira de modelo. Dois anos depois já era uma das protagonistas da novela Quatro por Quatro. A parceria bem sucedida com o autor Carlos Lombardi se desenvolveu por diversas outras obras do novelista, como Quatro por Quatro, Vira-Lata, Uga Uga, O Quinto dos Infernos, Kubanacan, Pé na Jaca e Guerra e Paz. A atriz então estreou como apresentadora de televisão com o programa GNT Fashion, que também dirigiu durante cinco anos, na GNT.Também por cinco anos, entre maio de 2005 a maio de 2010, participou de diferentes formações do Programa Saia Justa no mesmo canal de televisão. Já a estreia no cinema aconteceu em 1976, numa ponta não creditada no filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, numa cena que foi cortada da montagem final. Em 1998 realmente debutou na sétima arte em Alô?, de Mara Mourão. Participou ainda de Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002) e Mais Uma Vez Amor. No dia 2 de fevereiro de 2011, assinou contrato de cinco anos com a TV Record, depois de anos na TV Globo. Seu primeiro trabalho no novo canal foi dando vida à personagem Marizete, uma empregada doméstica, na novela Vidas em Jogo, que estreou no dia 3 de maio de 2011. Já em 2013 volta às telas interpretando a elegante Stella em Pecado Mortal, sendo esta a sua última telenovela. Em 13 de novembro de 2014, Betty estreou seu canal de humor no YouTube. Intitulado Calma, Betty!, o vlog conta com a produção da Paramaker. A atriz também participou de uma esquete da Parafernalha, o episódio "Presépio", dezembro de 2014. Sua última entrevista foi em junho de 2015 ao Domingo Espetacular, da Record. Betty foi casada durante 10 anos com o ator Eduardo Conde,
falecido em 2003, com quem teve dois filhos, Patrícia, nascida em 1973,
e Bernardo, nascido em 1979. Em 1996, a atriz se casou com o professor
de educação física Guilherme Linhares, o casal separou-se no início de
2015. Em maio de de 2015 A atriz iniciou namoro com o ator e diretor Clóvys Torres. No fim de fevereiro de 2012, Betty foi levada à Clínica São Vicente para
realizar uma cirurgia de emergência na vesícula, após passar mal.No mês seguinte, a atriz enviou uma nota à imprensa explicando que ela
havia sido diagnosticada com câncer, mas que continuaria com a gravação
de Vidas em Jogo.
Na manhã do dia 13 de setembro de 2015, foi confirmada a morte da atriz
que estava em seu apartamento no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro,
causada pelo câncer na vesícula, doença que vinha enfrentando desde 2012.
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