quarta-feira, 22 de abril de 2015

"Decada de 2010" (Tragédia - Acidente com Avião Airbus 320)






O Airbus 320, que fazia o voo entre Barcelona e Duesseldorf, atingiu uma montanha nos Alpes-de-Haute-Provence, nesta terça-feira 24/03/2015, após cair por 8 minutos. Todos os 150 passageiros e tripulantes morreram. Segundo o promotor Brice Robin, as gravações de uma das caixas-pretas do voo revelaram que em determinado momento do voo o piloto deixou o cockpit do avião para ir ao banheiro. Naquele momento, o copiloto, de nacionalidade alemã, se trancou sozinho na cabine de comando. Ele então alterou o sistema de orientação do avião para iniciar a descida. O piloto bateu na porta da cabine para voltar, mas o copiloto permaneceu em silêncio. "Eu penso que voluntariamente ele se recusou a abrir a porta e apertou o botão para o avião descer", disse Robin. O promotor disse acreditar que o copiloto, identificado como Andreas Lubitz, cometeu suicídio. Depois que o avião atingiu a altura e a velocidade estabelecidas para a rota, o piloto revisou em voz alta os procedimentos de aproximação e pouso em Duesseldorf. As gravações indicam que o copiloto respondeu aos questionamentos do comandante de forma "lacônica", segundo Robin. Segundo ele, foi possível então ouvir o barulho da cadeira no momento em que o piloto se levantou para sair da cabine de comando e ir ao banheiro. O copiloto não abriu a porta da cabine para que ele retornasse. "Naquele momento, o copiloto estava no controle do avião. Enquanto estava sozinho, ele apertou os botões do sistema de monitoramento de voo para iniciar a descida do avião. Essa atitude nos controles de altitude só pode ter sido deliberada". "Ele apertou o botão por um motivo que ainda não sabemos, mas aparentemente o objetivo era destruir o avião", disse Robin. Depois que a aeronave começou a descer em alta velocidade, as gravações registraram o barulho do piloto batendo na porta da cabine com mais força e pedindo que a porta fosse aberta por meio de um alto-falante. Os registros indicam que aparentemente Lubitz não respondeu aos chamados, ficando em silêncio absoluto por cerca de oito minutos. As gravações registraram em seguida membros do controle aéreo e pilotos de outros aviões fazendo contato pelo rádio – sem receber resposta. O som registrado mostrou então que o piloto tentou arrombar a porta - sem sucesso, pois o cockpit tem mecanismos para evitar invasões. Em seguida, foi possível ouvir gritos de passageiros e o barulho dos alarmes do avião indicando a aproximação do solo. Os investigadores conseguiram ouvir a respiração do copiloto até o momento do impacto – o que indica que ele estava vivo e consciente. Registros médicos mostraram que Lubitz afirmou que tomava remédios para depressão, ansiedade e ataques de pânico, afirmou o Bild, acrescentando que esses medicamentos incluíam o tranquilizante Lorazepam. O copiloto alemão do voo da Germanwings que caiu em 24 de março nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo havia pesquisado na internet informações sobre suicídio e portas blindadas de cabine de avião, anunciou a justiça da Alemanha. Embora Lubitz tenha falado aos médicos sobre o seu trabalho como piloto, e em alguns casos sobre o seu empregador, a Germanwings, ele de forma deliberada escondeu que estava em atividade. O jornal alemão Bild publicou que Lubitz teria supostamente mentido para médicos, dizendo que ele estava em período de licença médica e não pilotando voos comerciais. Assim, se Lubitz tivesse dito aos médicos que ainda voava, eles poderiam se sentir no dever de quebrar a relação de confidencialidade com o paciente e informar aos empregadores porque ele poderia representar um perigo para outras pessoas.