Cláudio da Silva Marzo (São Paulo, 26 de setembro de 1940 — Rio de Janeiro, 22 de março de 2015) foi um ator brasileiro. Pai da atriz Alexandra Marzo, fruto do seu casamento com a atriz Betty Faria, também foi casado com a atriz Denise Dumont com quem tem um filho chamado Diogo e pai de Bento, fruto do seu casamento com a atriz Xuxa Lopes. Foi também casado com a atriz Miriam Mehler. Cláudio foi filho de um metalúrgico e de uma dona de casa. Na TV se destacou em telenovelas como Irmãos Coragem, Minha Doce
Namorada, Carinhoso, Senhora, Brilhante, Plumas & Paetês,
Cambalacho, Bambolê, Fera Ferida, A Indomada, Era Uma Vez e Andando nas
Nuvens e nas minisséries Quem Ama Não Mata e Amazônia, de Galvez a Chico
Mendes. Também participou da novela Pantanal, na extinta TV Manchete,
no antológico personagem José Leôncio, o Velho do Rio. Em 1962, na extinta TV Tupi, protagonizou o compositor Frédéric Chopin, ao lado de Laura Cardoso, que interpretou George Sand. No Festival de Gramado foi Vencedor como o melhor ator por O Homem Nu e Melhor Ator pelo troféu imprensa 1990. O ator morreu no dia 22 de março de 2015 aos 74 anos vítima de complicações pulmonares, após internação no CTI desde o dia 4 de março do mesmo ano.
terça-feira, 24 de março de 2015
"Década de 2010" (Curiosidades - Padre Cícero)
Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844 — Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular, é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço. Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa do Ceará bem como do Nordeste. Em março de 2001, foi escolhido "O Cearense do Século" em votação promovida pela TV Verdes Mares em parceria com a Rede Globo de televisão .Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC. Proprietário de terras, de gado e de diversos imóveis, Cícero fazia parte da sociedade e política conservadora do sertão do Cariri. Sempre teve o médico Floro Bartolomeu como o seu braço direito, e integrava o sistema político cearense que ficou sob o controle da família Accioli durante mais de 2 décadas. Nascido no interior do Ceará,
era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana,
conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou a estudar com o
professor Rufino de Alcântara Montezuma. Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales .Em 1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera em 1862,
o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das
irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato,
trouxe sérias dificuldades financeiras à família de tal sorte que, mais
tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno. Durante o período em que esteve no seminário, Cícero era considerado
um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus
sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas relacionadas à oratória
e eloquência. Cícero foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retornou ao Crato e, enquanto o bispo não lhe dava paróquia para administrar, ficou a ensinar latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo. No Natal de 1871,
convidado pelo professor Simeão Correia de Macedo, o padre Cícero
visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada
na povoação de Juazeiro, então pertencente à cidade do Crato), e ali
celebrou a tradicional missa do galo. O padre visitante, então aos 28 anos, estatura baixa, pele branca,
cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os
habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos
alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava de volta,
com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro. Muitos livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve, nele Jesus Cristo mandava o Padre Cícero tomar conta daquele povo. Uma vez instalado, formado por um pequeno aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão-padre Pedro Ribeiro de Carvalho, em honra a Nossa Senhora das Dores,
padroeira do lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da
capelinha, adquirindo várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis. Depois, tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora
confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação,
conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha visto na região.
Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes, passando a
exercer grande liderança na comunidade. Restaurada a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de
crescimento, atraindo gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo
capelão. No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo
se transformou em sangue na boca da religiosa. Segundo relatos, tal
fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. A pedido de padre Cícero a diocese formou uma comissão de padres e
profissionais da área da saúde para investigar o suposto milagre. Em 13 de outubro de 1891, a comissão encerrou as pesquisas e chegou à
conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos,
sendo portanto um milagre. Insatisfeito com o parecer da comissão, o bispo Dom Joaquim José Vieira
nomeou uma nova comissão para investigar o caso, tendo como presidente o
padre Alexandrino de Alencar e como secretário o padre Manoel Cândido. A
segunda comissão concluiu que não houve milagre, mas sim um embuste. Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício, conseguindo sua absolvição. No entanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e padre Cícero teria sido excomungado, porém, estudos realizados décadas depois pelo bispo Dom Fernando Panico sugerem que a excomunhão
não chegou a ser aplicada de fato. Atualmente, Dom Fernando conduz o
processo de reabilitação do padre Cícero junto ao Vaticano. Em 1973, foi canonizado pela Igreja Católica Apostólica Brasileira (diferente da Igreja Católica Apostólica Romana). Era filiado ao extinto Partido Republicano Conservador (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado a cidade. Em 1926 foi eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo. Virgulino Ferreira da Silva,
o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e
conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte,
em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros. Na época, Padre Cícero teria aconselhado a Lampião e seu bando a deixar Juazeiro e não enfrentar a Coluna Prestes, evitando assim um grande massacre. O padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90 anos. Encontra-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na mesma cidade do Ceará. Até hoje Juazeiro é visitado todos os anos pelos fiéis afilhados do Padim Ciço, além da cidade ter se tornado grande polo turístico.
quarta-feira, 11 de março de 2015
"Década de 2010" (Personalidades - Joana Fomm)
Joana Maria Fomm (Belo Horizonte, 14 de setembro de 1939) é uma atriz brasileira. Joana Fomm nasceu em Belo Horizonte, mas a mãe dela faleceu quando
era ainda bebê e a Joana foi adotada pelos seus tios no Rio de Janeiro. Estreou-se no cinema em 1962, na fita "O Quinto Poder (1962)", de Alberto Pieralisi. Na TV, a sua estreia aconteceu dois anos depois, na telenovela "O Desconhecido", exibida na TV Rio e baseada num original de Nelson Rodrigues. Na década de 60, participou em filmes importantes do cinema brasileiro, como "Todas as Mulheres do Mundo", "O Homem Nu", "Edu Coração de Ouro", "Bebel Garota Propaganda" e "Macunaíma". O seu primeiro grande papel na televisão foi no início da década de 70, na telenovela "As Bruxas", da TV Tupi, na qual interpretou Sofia. Na TV Tupi participou ainda nas telenovelas "A Fábrica", "Bel-Ami", "Ovelha Negra", "Ídolo de Pano", "A Viagem" e "Papai Coração". Estreou-se na TV Globo em 1977, na telenovela "Sem Lenço, Sem Documento", exibida às 19h00. Contudo, foi no papel da vilã Yolanda Pratini, em "Dancin' Days", telenovela de Gilberto Braga exibida em 1978, que Joana Fomm se tornou um nome nacional e uma das atrizes mais
requisitadas para as telenovelas. Joana é tida como uma atriz perfeita
para interpretar personagens más, arrogantes, frias e calculistas. Além
de Yolanda, outro papel dentro deste estilo foi o de Lúcia Gouveia em "Corpo a Corpo" (1984), telenovela também de Gilberto Braga. Interpretou também Fausta, a tia rica, má e preconceituosa, em "Bambolê" (1987), a beata mal-amada Perpétua na telenovela "Tieta" (1989) e a vingativa Eugênia em "As Pupilas do Senhor Reitor" (1995), desta vez no SBT. Participou ainda em outras telenovelas importantes da Rede Globo, tais como: Coração Alado, Brilhante, Elas por Elas, Eu Prometo, Roda de Fogo, Vamp, e Porto dos Milagres. A partir da década de 90, atuou em filmes importantes como "Quem Matou Pixote?", "Copacabana" (de Carla Camurati) e "Quanto Vale ou é por Quilo?". Em 2007, chegou a ser convidada por Gilberto Braga para interpretar a personagem Marion Novais, na telenovela "Paraíso Tropical", mas por motivos de saúde foi forçada a deixar o elenco (foi-lhe diagnosticado um câncer da mama, do qual já está curada), sendo substituída por Vera Holtz. Em 2010 foi convidada, mais uma vez, pelo autor da telenovela Insensato Coração, mas teve novamente que recusar devido a uma disautonomia (doença que afeta o sistema nervoso e que tem comprometido seus movimentos.) Joana Fomm voltou à televisão em 2014, na novela “Boogie oogie”. Ela estava afastada da televisão havia tempo por razões de
saúde totalmente alheias ao seu imenso talento. Agora, na trama de Rui
Vilhena, é uma vilã, algo que para ela sempre foi um passeio. Odete tem
alguma ligação misteriosa com Carlota (Giulia Gam). Conhece o tal
segredo que move em parte a novela. Aparece invariavelmente tramando,
enigmática. Papéis assim não são para qualquer atriz. Joana não esconde que teve um
problema neurológico e ele afetou sua fala. Isso é levemente
perceptível, mas não importa. Até porque continuam intocadas a certa
fina ironia e a inteligência que mostram uma compreensão do texto para
além das palavras. A personagem é, teoricamente, secundária. Mas, sempre
que as suas cenas terminam, é de se lamentar. Odete está fez muito
bem à história das 18h. Foi casada com o ator Francisco Milani e com o diretor Astolfo Araújo. Joana tem um filho o músico Gabriel Gouveia.
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