domingo, 26 de maio de 2013

"Década de 2010" (Ciência- Céculas-Tronco)




Células-Tronco

 
As células-tronco, células-mães ou células estaminais são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a duas células semelhantes às progenitoras. As células-tronco de embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes mellitus tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. No Zoológico de Brasília (Brasil), uma fêmea de lobo-guará, vítima de atropelamento, recebeu tratamento com células-tronco.  Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007. Maria Vitória, 6 anos, nasceu com

talassemia major, uma doença hereditária que prejudica a produção de glóbulos vermelhos. Há um ano e dois meses, ela ganhou a irmã que tanto pediu aos pais e que poderia ajudá-la a se ver livre da doença por meio de uma doação de células-tronco. Maria Clara, a irmã mais nova, foi gerada a partir de um embrião selecionado em um tratamento de fertilização in vitro feito pelos pais. A seleção buscou embriões sem a doença e compatíveis para um transplante de células-tronco. O procedimento trazia uma chance de até 90% para Maria Vitória se curar. Por isso, quando a mais nova nasceu, as células-tronco de seu cordão umbilical foram congeladas. “Você destrói a medula óssea do receptor e coloca as células sadias do doador”, resumiu o médico responsável pela operação, Vanderson Rocha, chefe do setor transplante de medula óssea do Hospital Sírio Libanês. Maria Clara, que nasceu dia 11/02/2012, em São Paulo, foi a primeira criança brasileira a passar por seleção genética para servir como doadora. Segundo o hematologista responsável pelo transplante, durante os 15 primeiros dias a medula de Maria Vitória continuava zerada. No dia 18 de março, Maria Clara foi submetida à coleta das células da medula óssea. Em seguida, essas células foram infundidas em Maria Vitória — primeiro as do sangue do cordão e, depois, as da medula óssea da irmã. Essa foi a fase mais crítica, pois o corpo não produzia nenhuma defesa e a menina ainda precisava receber transfusões. Depois desse período, a medula óssea da criança voltou a fabricar as células e, desde então, ela não precisou mais receber transfusões de sangue. “Ela voltou a produzir células como uma pessoa normal. Ela tem uma medula nova. O resultado é muito bom e podemos considerar que a Maria Vitória está curada”. Segundo o médico, as chances de complicações pós-transplante existem, mas são muito baixas. “Acontece em menos de 5% dos casos. Ainda assim, o transplante é a melhor opção.

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