domingo, 27 de maio de 2012

Curiosidades - Reciclagem



A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração. O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel. O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de volta ao estado em que estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a ser uma lata com as mesmas características. A palavra reciclagem ganhou destaque a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão: Azul: papel/papelão; Vermelho: plástico; Preto: madeira; Laranja: resíduos perigosos; Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; Roxo: resíduos radioativos; Marrom: resíduos orgânicos; Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não sendo possível de separação. No meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de resíduos a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores negativos. Os carroceiros ou catadores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis,alumínio e outros materiais recicláveis deixados no lixo também trabalham na colecta ou na classificação de materiais para a reciclagem, como as garrafas PET, como é um serviço penoso, pesado e sujo, não tem grande poder atrativo para as fatias mais qualificadas da população. No Brasil, as prefeituras de sete cidades fornecem serviço de coleta seletiva a 100% das residências. Esses municípios são: Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP), Santos (SP), Diadema (SP) e Goiânia (GO). O Politereftalato de etileno, ou PET, é um polímero termoplástico, desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas. As garrafas produzidas com este polímero só começaram a ser fabricadas na década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos de segurança e meio ambiente. No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios. Mais tarde na década de 90, o governo americano autorizou o uso destes material reciclado em embalagens de alimentos. Hoje em dia existe uma grande utilização das garrafas PET no artesanato, fabricação de móveis e decorações.  Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.  As garrafas produzidas com este polímero podem permanecer na natureza por até 800 anos. A produção cresceu mais, a reciclagem não acompanhou a produção, gerando uma invasão de garrafas de todos os tamanhos e formatos, hoje a produção de PET avançou e é um dos maiores vilões do meio ambiente, poluindo matas, rios e córregos. Apesar do crescente aumento da reciclagem no Brasil, em 1994 foi de 13.000 ton | 18,80%  e em 2006, 194.000 ton | 51,30%, o número de fábricas de reciclagem no Brasil saltou de 175 para 425. Só que sem matéria-prima as fábricas produzem 30% menos do que poderiam. O valioso plástico moído está ficando cada vez mais raro não é por falta de esforço de catadores, sucateiros e cooperativas que fazem um trabalho de formiguinha e ajudam o Brasil a ser um dos países que mais reciclam garrafas pet no mundo. A gente só não ocupa a capacidade das fábricas e não aumenta a produção porque as cidades não estão fazendo a parte delas. O Brasil recicla 56% das garrafas pet, mas ainda desperdiça mais de 100 mil toneladas, por ano, de um material tão útil e, em todos os sentidos, incrivelmente bonito.

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