Revolução no Egito
A Revolução no Egito em 2011, também conhecida como "Dias de Fúria", "Revolução de Lótus" e "Revolução do Nilo", foi uma série de manifestações de rua, protestos e atos de desobediência civil que ocorreram no Egito de 25 de janeiro até 11 de fevereiro de 2011. Os organizadores das manifestações contaram com a recente revolta da Tunísia para inspirar as multidões egípcias a se mobilizar, assim como ocorreu em grande parte do mundo árabe. Os principais motivos para o início das manifestações e tumultos foram a violência policial, leis de estado de exceção, o desemprego, o desejo de aumentar o salário mínimo, falta de moradia, inflação, corrupção, falta de liberdade de expressão, más condições de vida e fatores demográficos estruturais. O principal objetivo dos protestos era derrubar o regime do presidente Hosni Murabak, que está no poder há quase 30 anos. Enquanto protestos localizados já eram comuns em anos anteriores, grandes protestos e revoltas eclodiram por todo o país a partir do dia 25 de janeiro, que ficou conhecido como o "Dia da Ira", a data estabelecida por grupos de oposição do Egito e outros, para uma grande mainifestação popular. Os protestos de 2011 foram chamados de "sem precedentes" para o Egito e "a maior exposição de insatisfação popular na memória recente" no país, sendo que o Cairo foi descrito como "uma zona de guerra" por um correspondente local do jornal The Guardian. Pela primeira vez, os egípcios de todas as esferas sociais se juntaram aos protestos. Murabak dissolveu seu governo e nomeou o militar e ex-chefe da Direção Geral de Inteligência Egípcia, Omar Suleiman, como vice-presidente, na tentativa de sufocar a dissidência. Muitos estrangeiros procuraram sair do país, enquanto os egípcios realizaram manifestações ainda maiores. O objetivo principal dos protestos, enfim, foi atingido no dia 11 de fevereiro de 2011, quando o vide-presidente egípcio Omar Suleiman anunciou, pela emissora estatal de televisão, a renúncia do presidente Hosni Murabak, o que causou a comemoração da população na Praça Tahrir, no centro do Cairo, e em várias outras cidades do Egito.
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