Francisco Jozenilton Veloso, mais conhecido pelo nome artístico Shaolin (Coremas, 8 de maio de 1971 — Campina Grande, 14 de janeiro de 2016), foi um cartunista, chargista, caricaturista, humorista e ator de televisão brasileiro. Começou sua carreira, quando trabalhou no Teatro Municipal Severino Cabral, de Campina Grande. Foi cartunista político do jornal A Palavra, do Jornal da Paraíba e da Revista Nordeste, além de radialista na Rádio Campina Grande. Fez participação em grandes programas da televisão brasileira, como Domingão do Faustão, A Praça É Nossa, Show do Tom entre outros. Seu último trabalho foi no programa Tudo é Possível com Ana Hickmann, parodiando famosos, como Leonardo, Joelma da Banda Calypso, Zezé di Camargo entre outros. Casou-se em dezembro de 1994 com Laudiceia Veloso, com quem teve dois filhos. Na madrugada do dia 18 de janeiro de 2011, às 23:40 (UTC-3), Shaolin sofreu um grave acidente de automóvel na BR-230, em Campina Grande, na Paraíba. Seu automóvel — um Mitsubishi Pajero Full — colidiu lateralmente com um caminhão, e Shaolin foi levado para o hospital com traumatismo craniano e o braço esquerdo com fratura exposta e quase amputado.
Depois de uma cirurgia de 4 horas no Hospital Antonio Targino, a equipe
de cirurgiões conseguiu salvar seu braço, e ele foi colocado em coma induzido na UTI. Em maio de 2011, Shaolin saiu da UTI para um quarto no hospital, ainda em coma. Em 10 de junho,
em "estado mínimo de consciência e clinicamente estável", segundo o
hospital, Shaolin recebeu alta e voltou para casa em Campina Grande,
após 145 dias internado. Em setembro de 2012, a apresentadora Ana Hickmann, durante uma reportagem em que visitou Shaolin, deu-lhe um aparelho importado da Suécia
que permite a comunicação através de movimentos com os olhos. Shaolin
se mostrou plenamente consciente e conseguiu se comunicar pela primeira
vez desde o acidente, e expressou não estar feliz pela sua condição. No dia 13 de janeiro de 2016, Shaolin apresentou um quadro febril e deu
entrada na UTI de uma clínica particular de Campina Grande com infecção
respiratória, quadro muito comum para pacientes acamados. No hospital, o humorista sofreu uma parada cardíaca e seu falecimento foi confirmado pela esposa no dia seguinte.
quarta-feira, 16 de março de 2016
"Década de 2010" (Tragédia - Rompimento da barragem em Mariana/MG)
O rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015. Trata-se de uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Samarco Mineração S.A., um empreendimento conjunto das maiores empresas de mineração do mundo, a brasileira Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton. Inicialmente, a mineradora Samarco informara que duas barragens
haviam se rompido - a de Fundão e a de Santarém. Porém, no dia 16 de
novembro, a Samarco retificou a informação, afirmando que apenas a
barragem de Fundão havia se rompido. O rompimento de Fundão provocou o
vazamento dos rejeitos que passaram por cima de Santarém, que,
entretanto, não se rompeu. As barragens foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região. O rompimento da barragem de Fundão foi considerado o maior desastre ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeito. A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais abastecem sua população com a água do rio. Ambientalistas consideraram que o efeito dos rejeitos no mar
continuará por pelo menos mais 100 anos, mas não houve uma avaliação de
todos os danos causados pelo desastre. Segundo a prefeitura do município
de Mariana, a reparação dos danos causados à infraestrutura local
deverá custar cerca de 100 milhões de reais. Controladas pela Samarco Mineração S.A. (um empreendimento conjunto entre a Vale S.A. e a BHP Billiton), as barragens de Fundão e Santarém fazem parte da Mina Germano, situada no distrito de Santa Rita Durão, município de Mariana, localizado na Microrregião de Ouro Preto da Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. Foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região. A barragem de Fundão passava por um processo de alteamento, quando ocorre a elevação do aterro de contenção, pois o reservatório já chegava a seu ponto limite, não suportando mais o despejo dos dejetos da mineração. Aproximadamente às 15h30min da tarde do dia 5, a contenção apresentou
um vazamento. Neste momento, uma equipe de funcionários terceirizados
foi enviada ao local e tentava amenizar o vazamento esvaziando parte do
reservatório. Por volta das 16h20min ocorreu o rompimento, que lançou um grande volume de lama sobre o vale do córrego Santarém.O subdistrito de Bento Rodrigues, que se localiza cerca de 2,5
quilômetros vale abaixo, foi quase em sua totalidade inundado pela
enxurrada de lama que se seguiu após o desastre na barragem. Outros
vilarejos e distritos situados no vale do rio Gualaxo também foram
atingidos pela enxurrada. Por conta de sua localização e dos acessos precários, contando apenas com estradas vicinais
não pavimentadas para fazer contato com os demais distritos e a sede do
município, Bento Rodrigues ficou completamente inacessível por via
terrestre, sendo possível o acesso apenas por helicóptero, o que
dificultou em muito o acesso dos bombeiros para o resgate. Havia uma escola na área onde ocorreu a inundação e os professores conseguiram remover os alunos antes da escola ser atingida.Um agravante da situação foi que o empreendimento e as comunidades vizinhas à barragem não possuíam um plano de contingência, nem rotas de fuga que permitissem aos moradores se deslocarem a tempo para regiões seguras. Por volta de 18h30 do dia 5 de novembro, os rejeitos de minério de ferro chegaram ao Rio Doce.A bacia do rio tem uma área de drenagem de cerca de 86.715 quilômetros quadrados, sendo 86% em Minas Gerais e o restante no Espírito Santo. No total, o rio abrange 230 municípios que utilizam o seu leito como subsistência. Segundo o prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), serão necessários 100 milhões de reais para reparar os danos causados à infraestrutura do município.
"Década de 2010" (Terrorismo - Atentado Terrorista em Paris na França)
Os ataques de novembro de 2015 em Paris foram uma série de atentados terroristas ocorridos na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na França. Os ataques consistiriam de fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombardeios perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis. O ataque mais mortal foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro. Pelo menos 137 pessoas morreram (incluindo os 7 terroristas que perpetraram os ataques), sendo 89 delas no teatro Bataclan. Mais de 350 pessoas ficaram feridas pelos ataques, incluindo 99 pessoas em estado grave.
Além das mortes de civis, oito terroristas foram mortos e as
autoridades continuavam a procurar quaisquer cúmplices que permaneceram
soltos. O presidente francês, François Hollande decretou estado de emergência nacional no país, o primeiro estado de emergência declarado desde 2005, e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas. O primeiro toque de recolher desde 1944, também foi posto em prática, ordenando que as pessoas saíssem das ruas de Paris. Em 14 de novembro, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS - sigla em inglês) assumiu a responsabilidade pelos ataques. De acordo com o Wall Street Journal, os ataques foram motivados pelo Estado Islâmico como uma "retaliação" para o papel da França na intervenção militar na Síria e no Iraque. Hollande também disse que os ataques foram organizados em território estrangeiro "pelo Estado Islâmico e com ajuda interna",
além de descrevê-los como "um ato de guerra". Pelo mundo, gestos de
solidariedade e apoio aos franceses se tornaram comuns, especialmente
pela mídia social.Os ataques foram os mais mortais que ocorreram na França desde a Segunda Guerra Mundial.Eles também foram os mais mortais na União Europeia desde os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, na Espanha. Os atentados aconteceram apenas um dia após outro ataque terrorista do Estado Islâmico em Beirute, no Líbano, que matou 43 pessoas, um dia após o assassinato de Jihadi John, um dos membros do Estado Islâmico, e catorze dias após a queda do voo Kogalymavia 9268,
que matou 217 passageiros e sete membros da tripulação e sobre o qual a
filial do Estado Islâmico no Sinai assumiu a responsabilidade. Antes do
ataque, a França estava em alerta máximo desde o Massacre do Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, que matou dezessete pessoas, incluindo civis e policiais.Em 15 de novembro, dois dias após os atentados, a força aérea francesa lançou vários ataques aéreos retaliatórios (a Opération Chammal) contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico na região da cidade síria de Raqqa.A 18 de novembro, Abdelhamid Abaaoud (um terrorista belga de origem marroquina)
foi morto pela polícia parisiense. Ele era acusado de ser o principal
mentor dos atentados. Várias outras prisões de suspeitos foram feitas e
três colaboradores ligados a organizações jihadistas na França foram mortos em uma série de ações policiais subsequentes para encontrar os responsáveis pelos ataques. No total, aconteceram sete ataques distintos, compreendendo três explosões e seis fuzilamentos. As explosões ocorreram perto do Stade de France, enquanto os tiroteios foram relatados nas imediações das ruas Alibert, Fontaine-au-Roi, Charonne, do teatro Bataclan no Boulevard Voltaire, da Avenue de la République e no Boulevard Beaumarchais.
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